terça-feira, 28 de maio de 2013

Resultado do Edital Para Seleção de Pessoal 08/2013



Instrutor/a Para Capacitação de Famílias em Convivência com o Semiárido e Gerenciamento de Água para Produção de Alimentos - GAPA

1.     Fabiana Araujo De Sousa
2.     Alex da Silva Soares
3.     Marlene Ferreira Costa
4.     Cristiane Gama Costa
5.     Guilherme Henrique de Oliveira Martiniano
6.     Diana Amorim Oliveira
7.     Erick dos Santos Lima
8.     Marcos Jesus da Silva Araújo
9.     Juciara Ramos da Silva 
 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

EDITAL PARA SELEÇÃO DE PESSOAL 08/2013 - INSTRUTOR/A PARA CAPACITAÇÃO DE FAMÍLIAS EM CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO E GERENCIAMENTO DE ÁGUA PARA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS – GAPA


A Presidente da Comissão de Seleção da Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa - CDRB, instituída pela Resolução nº 01/2008 de 10/03/2008 da Presidência da Instituição, faz saber aos interessados que estará recebendo inscrições para o processo seletivo de instrutores e instrutoras para atuar no “Projeto de Construção de Estruturas Hídricas para Captação, Armazenamento e Utilização de Água Pluvial no Semiárido”, Convênio N°. 258/2012, firmado entre a CDRB e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza - SEDES, de acordo com as seguintes especificações:

1. VAGAS:

• INSTRUTOR/A PARA CAPACITAÇÃO DE FAMÍLIAS EM CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO E GERENCIAMENTO DE ÁGUA PARA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS – GAPA

2. PROCESSO SELETIVO:


• Análise de currículo

• Análise de certificações

3. REQUISITOS:

INSTRUTOR/A PARA AS CAPACITAÇÕES DE FAMÍLIAS EM CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO E GERENCIAMENTO DE ÁGUA PARA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS – GAPA:

• Ter ensino fundamental completo;

• Ter habilidade para trabalhar em equipe, com organizações populares e comunidades rurais;

• Facilidade de se comunicar;

• Disponibilidade e flexibilidade para viagens;

• Conhecimento sobre o semiárido;

• Habilidade em desenvolver propostas de Convivência com o Semiárido;

• Ter habilidade para manter um bom nível de relação com as parcerias envolvidas no programa;

• Ter conhecimento sobre as tecnologias que serão implementadas pelo programa;

• Experiência em monitoria e/ou Educação Popular (certificado ou carta de referência expedida por organizações da sociedade civil)

4. PROCEDIMENTOS PARA INSCRIÇÃO:

Envio de currículo vitae para a Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa, no endereço eletrônico selecaocaritasrb@yahoo.com.br, colocando no Assunto “MAIS ÁGUA” e a vaga pretendida. Os currículos poderão ser entregues, ainda, diretamente na sede da Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa, Rua Antonio Novais s/n, Centro, Ruy Barbosa/BA, aos cuidados de Otilia Balio Fava.

Outras informações: Telefone 75 3252 3005


5. PRAZO PARA INSCRIÇÃO:


Serão aceitos e analisados os currículos recebidos até o dia 27 de maio de 2013, às 17:00h. No dia 28 de maio será publicado no blog da Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa (www.caritasruybarbosa.blogspot.com.br) o resultado da aprovação.

A Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa não se responsabiliza pelos currículos cujo recebimento aconteça após a data limite de prazo.


6. LOCAL DE TRABALHO:

O local de trabalho tem como referência a sede da Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa, em Ruy Barbosa, devendo o/a profissional/a, no entanto, de acordo com as determinações da entidade, desenvolver atividades nas comunidades rurais e sedes dos municípios de Baixa Grande, Macajuba, Ruy Barbosa, Lajedinho e Itaberaba - Bahia

OS CASOS OMISSOS NESTE EDITAL SERÃO DELIBERADOS PELA COMISSÃO DE SELEÇÃO.

Ruy Barbosa/BA, 17 de maio de 2013.


Gessineide Costa de Jesus

Presidente da Comissão de Seleção

Entenda a proposta do Centro de Formação em Economia Solidária

Entenda a proposta do Centro de Formação em Economia Solidária
As diversas práticas de Economia Popular Solidária (EPS) têm mostrado que ela se tornou uma estratégia fundamental para a transição e superação do atual modelo de desenvolvimento gerador de pobreza e fortes desigualdades sociais.
Para Luiz Cláudio Mandela, assessor nacional da Cáritas Brasileira e coordenador geral do projeto Centro de Formação em Economia Solidária (CFES Nacional), nesta perspectiva, a formação é parte indissociável da Economia Solidária. “Estruturar, fortalecer e ampliar uma rede nacional de educadores em Economia Solidária é uma ação estruturante para superar desafios históricos da articulação no movimento de Economia Solidária”, destacou.
cfes-caritas (1)Por isso, segundo Mandela, a diretriz geral para a metodologia da Rede Nacional CFES será a permanente interlocução com os fóruns de Economia Solidária, conselhos, órgãos públicos federais, as entidades parceiras e a própria rede Cáritas. “Por meio desses relacionamentos será possível garantir o atendimento às expectativas de todas as partes interessadas.”
A espinha dorsal da Rede Nacional do CFES serão os núcleos temáticos de Formação; Finanças Solidárias; Comercialização e Comércio Justo e Solidário; Redes de Cooperação Solidárias. Mandela explicou que os núcleos terão o papel de fomentar o acúmulo teórico, metodológico e político em cada eixo temático estratégico da Rede Nacional do CFES.
O CFES são espaços de implementação da política nacional de formação em Economia Solidária. Atualmente, o projeto conta com sete centros de formação: um nacional e seis regionais, sendo estes nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Amazonas I e Amazonas II. Dentre os objetivos está a formação de educadores, educadoras e gestores públicos que atuam com Economia Solidária. Articulado nacionalmente pela Cáritas Brasileira, o Centro de Formação em Economia Solidária é um projeto da Secretaria Nacional de Economia Solidária/Ministério do Trabalho e Emprego (SENAES/MTE), que teve início em 2009. Em 2013, a parceria entre a entidade e o governo que firmaram convênio até 2015, dá continuidade aos processos de formação.
A fala de Luiz Cláudio Mandela ocorreu durante o Seminário Nacional de Lançamento da Rede CFES que ocorre em Brasília (DF), desde a última quarta-feira, dia 15, e vai até sexta-feira, dia 17. A atividade acontece na seda da Cáritas Brasileira e conta com a participação de 75 pessoas representantes de todas as regiões do país.
Na oportunidade Rosana Kirsh, que fez parte da equipe de articulação nacional durante a primeira etapa do CFES, fez um relato aos participantes sobre os resultados, limites e desafios do projeto. “Os debates sobre educação vieram desde o primeiro momento. O que poderia ser a prática de autogestão dentro da educação, pensando juntos e exercitando a concepção de educação. O exercício nos mostrou que na prática isso já era feito criando um percurso formativo que foi registrado em cartilhas e textos durante a realização das ações. Dentro da caminhada dissemos que a principal estratégia de educação para nós é fortalecer a educação popular que ajuda na construção do movimento social de Economia Solidária firmando as ações como políticas públicas.”
Após o debate, os participantes se dividiram em oficinas temáticas para a socialização de experiências concretas em formação, finanças solidárias, comercialização e comércio justo e solidário, e redes de cooperação solidárias.
cfes-caritas
por Thays Puzzi, assessora de Comunicação da Cáritas Brasileira / Secretariado Nacional

Debates sobre educação e políticas públicas em Economia Solidária ocorrem em Seminário Nacional

Debates sobre educação e políticas públicas em Economia Solidária ocorrem em Seminário Nacional
Como parte da programação do Seminário Nacional de Lançamento da Rede CFES (Centro de Formação em Economia Solidária), que continuou sua realização na sede da Cáritas Brasileira, em Brasília (DF), na tarde desta quarta-feira, dia 15, temas como educação emancipatória e políticas públicas de educação em Economia Solidária foram debatidos entre os 75 participantes do evento.
cfes (3)João Cláudio Arroyo, do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (CFES), em sua fala sobre educação emancipatória destacou que ao contrário da educação formal, a primeira trabalha com a formação política e pedagógica voltada para a liberdade e a autonomia, bases da Economia Solidária. “A escola deve ter o compromisso desde a constituição das estruturas mentais para uma capacidade cognitiva desenvolvida, até a formação de sujeitos capazes de articular formalmente para que se criem as condições necessárias à tomada de consciência em sociedade, de forma articulada, coletiva e através de competências operativas e práticas, que promovam a ruptura com o caráter ideológico do capitalismo, mistificador de uma racionalidade que desumaniza”, defendeu.
Carlos Eduardo Arns, da Rede de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares (ITCP), afirmou que é preciso criar formas estruturais para que a Economia Solidária aconteça. De acordo com ele, não está se combatendo a pobreza com a perspectiva de mudança do sistema que gera a própria pobreza. “Nós precisamos discutir com o governo se a Economia Solidária é efetivamente uma estratégia de desenvolvimento e se for o instrumental tem de ser mais agressivo e determinante. Eu vejo o governo federal apontando caminhos, mas nos municípios vejo propostas extremamente contrárias”, argumentou. Arns ainda provocou o movimento de Economia Solidária dizendo que é preciso ter uma postura mais combativa para a conquista de elementos mais estruturantes. “O CFES enquanto rede de formação não pode virar um mero repetidor de conteúdo, mas tem de transformar as pessoas e essa transformação só ocorre por meio de lutas.”
cfes (2)Valmor Schiochet, da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES/MTE), disse que entre os anos 2010 e 2012 o desenvolvimento sustentável e territorial entraram na discussão da SENAES e consolidou a presença da Economia Solidária como política pública. “O desafio que se configura para a rede CFES, portanto, é o clima de envolvimento da sociedade e das entidades na luta por políticas públicas enfrentando o Estado para o reconhecimento desse direito.” Valmor ainda destacou que a política de educação não é de responsabilidade da SENAES, mas sim do Ministério da Educação (MEC). “É preciso estabelecer um dialogo com os responsáveis para construir uma relação entre Economia Solidária e política de educação. A SENAES se esforça permanentemente no diálogo com o Ministério da Educação.”
Representante do Ministério da Educação (MEC), Marcelo Feres, comentou que dentro do governo federal existem diversas ações em educação espalhadas e que é preciso juntá-las. “O desafio é enorme. Os números são de causar incômodo, pois é atendido apenas 4% da demanda apresentada para garantir o acesso e a permanência na Educação de Jovens e Adultos (EJA), um total de 87 milhões de pessoas e o déficit de ofertas é maior no campo. Já o acesso ao programa de alfabetização tem capacidade de atender um número enorme em qualquer lugar e atende um número muito maior do que no EJA, o que ocasiona uma maior demanda por educação continuada que ainda não é oferecida.”
Vera Barreto, da Secretaria Geral da Presidência da República, salientou que a Economia Solidária é uma metodologia pedagógica que recupera a capacidade criativa do ser humano com a proposta de desencadear ações de educação popular para dentro do governo.
cfes (1)Após as exposições os participantes realizaram um debate trazendo questões relacionadas ao papel do CFES dentro de um programa de educação nacional, como pensar o programa de governo em educação popular e qual a estratégia que o movimento deve adotar para quebrar a resistência do governo em assumir essas questões de forma séria.
O Seminário Nacional de Lançamento da Rede CFES, que ocorre até sexta-feira, dia 17, conta com a participação de representantes de todas as regiões do Brasil e organizações como a SENAES, a Rede de Gestores e o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES).
Articulado nacionalmente pela Cáritas Brasileira, o CFES Nacional é um projeto da Secretaria Nacional de Economia Solidária/Ministério do Trabalho e Emprego (SENAES/MTE), que teve início em 2009. Em 2013, a parceria entre a entidade e o governo que firmaram convênio até 2015, dá continuidade aos processos de formação.
por Thays Puzzi, assessora de Comunicação da Cáritas Brasileira / Secretariado Nacional

Economia Solidária conta com Centros de Formação em todo o Brasil

Economia Solidária conta com Centros de Formação em todo o Brasil
Foi lançada nesta quarta-feira, dia 15, em Brasília (DF), a Rede do Centro de Formação em Economia Solidária (CFES Nacional). Articulado nacionalmente pela Cáritas Brasileira, o CFES Nacional é um projeto da Secretaria Nacional de Economia Solidária/Ministério do Trabalho e Emprego (SENAES/MTE), que teve início em 2009. Em 2013, a parceria entre a entidade e o governo que firmaram convênio até 2015, dá continuidade aos processos de formação.
“Até hoje estamos lutando com a herança maldita do colonialismo", salientou Paul Singer
“Até hoje estamos lutando com a herança maldita do colonialismo”, salientou Paul Singer

O Seminário de Lançamento da Rede CFES contou com um painel que discutiu a temática Economia Solidária como estratégia de Desenvolvimento Sustentável com superação da pobreza. A mesa composta por Jean Pierre, da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE), Paul Singer, da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES/MTE), e Ademar Bertucci, assessor nacional da Cáritas Brasileira, abordou os temas: desenvolvimento e pobreza; Economia Solidária e Políticas Públicas; e desafios da educação em Economia Solidária e as abordagens – territórios, redes/cadeias e segmentos.
Pierre, em sua fala, destacou que o atual modelo de desenvolvimento é pautado no individualismo, ou seja, no sucesso individual do ser humano. “O capitalismo só se sustenta se crescer pelo menos 3% ao ano.” Fundamentado no exodesenvolvimento, conforme explicou Singer, o capital é o principal responsável pela geração da pobreza, pois cria uma sociedade marcada pela desigualdade. “Até hoje estamos lutando com a herança maldita do colonialismo.” De acordo com Singer, a Economia Solidária é baseada no endodesenvolvimento que faz um processo contrário ao exodesenvolvimento, ou seja, mobiliza comunidades para tomarem consciência de suas potencialidades de desenvolvimento local superando assim pobreza. Foi nesta linha que Bertucci destacou a importância do movimento da Economia Solidária em não entrar no processo de padronização. “A Economia Solidária traz a ideia de diversidade e é fundamentada na classe trabalhadora.”
"Contamos com uma grande rede de parceiros que mostra para o governo que outro modelo econômico é possível", afirmou Anadete Gonçalves Reis
“Contamos com uma grande rede de parceiros que mostra para o governo que outro modelo de desenvolvimento é possível”, afirmou Anadete Gonçalves Reis
Antes do painel, uma mesa foi composta para a abertura do seminário. Valmor Schiochet, da SENAES/MTE, salientou que “estamos avançando para uma rede nacional de educadores e educadoras em um esforço conjunto para ampliar as políticas em Economia Solidária.” Anadete Gonçalves Reis, vice-presidenta da Cáritas Brasileira, destacou a credibilidade da entidade que assume pela segunda vez a articulação do projeto. “Nos sentimos capazes porque não vamos fazer isso sozinhos. Contamos com uma grande rede de parceiros que mostra para o governo que outro modelo de desenvolvimento é possível. E a partir do aprendizado que já tivemos no primeiro CFES que a gente possa garantir e fortalecer a rede de Economia Solidária.”
O Seminário de Lançamento da Rede CFES ocorreu no Centro Cultural de Brasília (CCB).
Os Centros de Formação em Economia Solidária são espaços de implementação da política nacional de formação em economia solidária. Atualmente, o projeto conta com sete centros de formação: um nacional e seis regionais, sendo estes nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Amazonas I e Amazonas II. Dentre os objetivos está a formação de educadores, educadoras e gestores públicos que atuam com economia solidária.
por Thays Puzzi, assessora de Comunicação da Cáritas Brasileira / Secretariado Nacional

Pastorais sociais, organismos e movimentos sociais dão continuidade ao processo nacional da 5ª Semana Social Brasileira

Pastorais sociais, organismos e movimentos sociais dão continuidade ao processo nacional da 5ª Semana Social Brasileira
Nos dias 20, 21 e 22 de maio acontecerá em Brasília (DF) um Seminário Nacional da 5ª Semana Social Brasileira – 5ª SSB, com tema “Estado do Bem Viver”. O Seminário ocorrerá no Centro Cultural de Brasília – CCB, situado na L2 Norte, quadra 601 – DF.
O momento é parte do processo da 5ª SSB e tem como objetivo aprofundar o Estado do Bem Viver. O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz (CNBB), padre Nelito Dornelas, disse que o encontro servirá para que os participantes compartilhem experiências vividas pelos diversos grupos envolvidos na 5ª SSB na construção do Estado do Bem Viver. Momentos de partilha e escuta sobre o “Estado que queremos”, a partir da construção coletiva dos movimentos sociais e outras articulações, estão previstos no programa do Seminário. Também serão traçadas linhas de ação para a continuidade do processo da 5ª SSB. Veja aqui a grade do encontro. Além desses objetivos, o Seminário irá preparar o evento nacional de encerramento da 5ª SSB que acontecerá de 2 a 5 de setembro de 2013.
No dia 3 de abril passado o bispo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz, dom Guilherme Antônio Werlang, enviou uma carta convite a todos os Regionais da CNBB sobre o seminário. Leia-a aqui na íntegra.
Informações: Francisco Vladimir, assessor de comunicação da 5ª SSB, tel. [85] 9969.7804, ou padre Ari dos Reis, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz (CNBB), [61] 2103.8323.
Fonte: 5ª SSB

No Brasil, 75% dos quilombolas vivem na extrema pobreza

No Brasil, 75% dos quilombolas vivem na extrema pobreza
Apenas 207 de 2.197 comunidades reconhecidas detêm a posse da terra, o que dificulta o acesso a políticas públicas de incentivo à agricultura familiar
São Paulo – Relatório divulgado pelo governo federal reforça a visão de que faltam muitos passos para consolidar os direitos básicos das comunidades quilombolas. Das 80 mil famílias quilombolas do Cadastro Único, a base de dados para programas sociais, 74,73% ainda viviam em situação de extrema pobreza em janeiro desde ano, segundo o estudo do programa Brasil Quilombola, lançado ontem (6) pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Entre cadastrados ou não, eles somam 1,17 milhões de pessoas e 214 mil famílias.
Um dos principais motivos para a manutenção dos quilombolas na pobreza é a dificuldade de acesso a programas de incentivo à agricultura familiar, devido à falta do título da terra, que garante a posse das famílias. Segundo o relatório, das 2.197 comunidades reconhecidas oficialmente, apenas 207 são tituladas. Apesar das dificuldades, 82,2% viviam da agricultura familiar no começo deste ano.
“O perfil dos quilombolas é de agricultores, extrativistas ou pescadores artesanais, mas eles têm uma limitação de acesso à terra e não conseguem ser inscritos na Declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que dá acesso a políticas públicas”, explica a coordenadora de Políticas para Comunidades Tradicionais da Seppir, Barbara Oliveira.
A estratégia para reverter o quadro será, segundo a coordenadora, transferir a responsabilidade de incluir os quilombolas na Declaração de Aptidão do Pronaf para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) até o final desse ano. O órgão também deverá ajudar a acelerar a titulação das terras, feitas em geral pelo próprio órgão ou por governos municipais e estaduais. “A partir daí eles receberão assistência técnica rural e sua produção será certificada com o selo Quilombolas do Brasil, que agrega valor ao produto”, conta Barbara. “O objetivo é fortalecer a produção”.
Serviços
Os quilombolas têm menos acesso aos serviços básicos, como saneamento e energia elétrica, que o restante da população, segundo o relatório: 48,7% deles vivem em casas com piso de terra batida, 55,21% não têm água encanada, 33,06% não têm banheiro e 15,07% possui esgoto a céu aberto. Ao todo, 79,29% têm energia elétrica.
Um dos dados que mais chama a atenção, de acordo com Barbara, é a o alto índice de analfabetos: 24,81% deles não sabem ler. A taxa de analfabetismo no país é de 9,1%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD). “Apesar de termos conquistado uma série de programas para educação quilombola, que garantem orçamento, capacitação de professores, material didático equipamentos, há ainda um desafio muito grande para oferecer Educação de Jovens e Adultos e para ultrapassar a educação além do ensino fundamental, garantindo inclusive acesso ao ensino médio e à universidade.”
Fonte: Sarah Fernandes, da Rede Brasil Atual

Internacional – Cuba: seis meses após o furacão Sandy

Internacional – Cuba: seis meses após o furacão Sandy
Conheça o trabalho de reabilitação e reconstrução de Cuba após a passagem do furacão Sandy em outubro do ano passado. Esta é uma ação articulada entre as Cáritas de Cuba, El Salvador e México. Neste primeiro texto, a comunicadora de El Salvador resgata como foi o desastre a partir de depoimentos de pessoas que vivenciaram a noite do desastre.
Confira o relato! (em espanhol) Para ver imagens do trabalho realizado CLIQUE AQUI
¡Fue una noche horrible! Es la respuesta común que los Santiagueños dan cuando se les pregunta ¿Cómo fue cuándo el Huracán Sandy? Y enseguida se suceden las vivencias individuales de aquéllos con los que se conversa, las cuales son en diferente medida dolorosas y aterradoras. En esta primera entrega haremos una aproximación a lo que fue el desastre y en próximas conoceremos las historias de algunos de sus desafortunados protagonistas.
Santiago de Cuba, una de las ciudades más importantes de la Isla, con más de un millón de habitantes y cabecera de la provincia del mismo nombre, fue severamente afectada luego de que el Huracán Sandy la golpeara de frente con vientos de más de 185 km. por hora, según reportes oficiales. Pero no sólo la ciudad fue afectada, “fue devastada prácticamente toda la provincia”, explica la Directora de Cáritas de la Diócesis de Santiago de Cuba, Ana María Piñol Navarrete. Y para constatarlo basta con recorrer las calles, avenidas y carreteras de la provincia, pues hasta las montañas que dibujan la geografía del lugar lucen, aún después de seis meses, una rala vegetación. “Santiago de Cuba se caracterizaba por tener un manto verde, estaba rodeado de árboles. Actualmente vamos por la autopista y vemos un paisaje que antes no veíamos; se ven caseríos que antes no se veían, que sabíamos que estaban ahí pero no se veían por los árboles; creo que esto se recuperará pero pasarán años, el “Sandy” arrasó con arboledas hermosas”, comenta Piñol Navarrete.
La ausencia de techos, en lo que a simple vista parece un sinnúmero de viviendas, es otra evidencia palpable aún de la visita que “Sandy” hiciera a esta provincia ubicada en el extremo oriental de la isla de Cuba, a poco menos de un mil kilómetros de la Habana, la capital. “Se perdieron 9 vidas y hay más de 170 mil viviendas dañadas en la provincia, dentro de estas 15 mil 800 son derrumbes totales”, informa Piñol Navarrete. Estos daños fueron causados en cuestión de cinco horas por los fuertes vientos del Huracán Sandy, que iniciaron en la noche del 24 de octubre y terminaron en las primeras horas del 25 del mismo mes del año 2012. Hace ya más de 6 meses de esta historia y los impactos aún saltan a la simple vista de cualquier visitante que recorra los barrios de Santiago o las poblaciones de la provincia como Songo La Maya, El Caney y otros; pero los daños no se circunscriben sólo a la Provincia de Santiago, pues estos se extendieron también a las Provincias de Guatanamo y Holguín, en las tres provincias la afectación a viviendas, templos, cultivos y granjas aún son notorias, “fueron dañados casi en su totalidad los cultivos”, explica Director de Cáritas en la Diócesis de Holguín, Manuel Martínez Hernández.
Sandy en Guantanamo y Holguín: Dejó un panorama parecido al que vivieron los habitantes de Santiago de Cuba, aunque en menor intensidad. Cáritas en la Diócesis de Guantanamo, cuya cabecera también sufrió daños en viviendas, “reportó que los municipios más afectados fueron El Salvador, Niceto Pérez y San Antonio del Sur”, dijo la Directora de Cáritas de Baracoa Guantanamo, Maribel Sánchez; en Holguín la mayor afectación sucedió en 8 municipios con unas 64 mil viviendas afectadas;  también en estas provincias es mucho lo que falta por hacer. “Recuperar los cultivos es uno de los más grandes retos, la agricultura tiene serias afectaciones, por lo que la familia campesina también requiere apoyo para recuperar su medio de vida”, aclara Martínez Hernández, haciendo una apreciación general sobre los daños sufridos en la agricultura en las tres provincias afectadas.
Seis meses han transcurrido
“Se ve que van pasando los días y la realidad sigue así (las casas sin techo), la temporada de lluvias ya empezó y el 1 de junio empieza la temporada ciclónica que llega hasta noviembre, el hecho de que nos haya pasado un ciclón de esta categoría no impide que en junio o noviembre nos esté pasando otro, hay muchas personas que están sin techo y esto ocurre en Songo, los barrios de Santiago de Cuba y otros lugares”, dice Piñol, sumamente preocupada por la situación de las cientos de familias que aún no han recibido un techo.
Cáritas en la Diócesis de Santiago de Cuba, con el apoyo de cooperantes externos ha podido proporcionar techo a 576 familias ubicadas en la población de Songo La Maya, donde al menos 4 mil familias sufrieron graves pérdidas en sus viviendas. Según Piñol, Cáritas ha priorizado poblaciones en dónde el Gobierno no ha proyectado una pronta intervención, seleccionado de entre los afectados a los más necesitados.  “Es el Gobierno que nos ha dicho cuál sería nuestro espacio de intervención, y en este caso nos dijeron que sería el techo”, aclara la Directora de Cáritas en la Diócesis de Santiago de Cuba, “el criterio de selección del lugar también debió ser aprobado por las correspondientes autoridades”, añadió.
“Indudablemente vamos a necesitar ayuda y no de tres o seis meses reconstruir una ciudad con más de un millón de habitantes no es fácil… Todos hemos salido afectados, el mismo personal de Cáritas: El chófer se quedó sin techo en su casa, a otra le llevó la cocina y sin embargo salimos a ver a nuestros beneficiaros”, dice Piñol para denotar el grado de afectación sufrido por la población y el nivel de solidaridad que se necesita.
“La reconstrucción de vivienda es algo imprescindible, las familias necesitan vivienda, hay personas que están viviendo en condiciones deplorables, la gente necesita un techo donde vivir, reconstrucción de vivienda es prioridad uno”, especifica Piñol, cuando mentalmente recorre en el tiempo y el espacio los lugares y personas afectadas, a las cuales han venido acompañando desde el pasado Octubre de 2012. A través de las parroquias y los cientos de voluntarios han llevado alimento, ropa, mantas, colchones y más a miles de personas. Todo este acompañamiento ha sido posible gracias a la solidaridad del mismo pueblo cubano a través de sus respectivas parroquias y también de la cooperación externa de Cáritas hermanas como Suiza, Alemana, CRS, los mormones, Arquidiócesis de Miami, Fundación Christel Wasiek y otros. Pero aún falta mucho por hacer.
Fonte: Cáritas El Salvador