sexta-feira, 27 de junho de 2014
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Caatinga e Cerrado biomas mais ameaçados do Brasil
A
Caatinga e o Cerrado estão entre os biomas mais ameaçados do Brasil. Ao mesmo
tempo representam ecossistemas ricos em biodiversidade com alta taxa de
endemismo. O Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) ocorre predominantemente
na Caatinga e em algumas áreas do Cerrado e encontra-se na categoria Vulnerável
(VU) da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção (IUCN, 2011), porém
passando por um processo de reclassificação para Em Perigo (EN) por conta de
perda de cerca de 50% do seu habitat nos últimos 10 anos. Estima-se que a
população de tatu-bola tenha sofrido uma redução de pelo menos 30% devido ao
desmatamento e a caça. Se nada for feito para a conservação da espécie, em 50
anos o tatu-bola poderá estar extinto na natureza. Conheça abaixo detalhes do Projeto
de Conservação do Tatu-bola coordenado pela Associação Caatinga:
Objetivo
geral
Promover
a conservação do tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) visando à manutenção
da espécie na natureza reduzindo o seu risco de extinção.
Objetivos
específicos
§ Gerar conhecimento
atualizado sobre a ecologia e distribuição da espécie;
§ Identificar áreas
prioritárias para a conservação da espécie;
§ Promover a conservação da
espécie através da criação de Unidades de Conservação e estabelecimento de
corredores ecológicos;
§ Tornar mais conhecidos a
espécie e os ambientes naturais de ocorrência do tatu-bola;
§ Promover ações de educação
ambiental para a sensibilização da sociedade sobre a espécie e os ambientes
naturais onde ocorre.
Linhas
de atuação
§ Levantamento para
atualização das áreas de ocorrência do tatu-bola;
§ Levantamento do grau de
ameaça da espécie;
§ Estudos comportamentais da
espécie (ecologia da espécie);
§ Identificação das áreas
prioritárias para conservação da espécie;
§ Iniciativas de conservação
in situ;
§ Programa de repovoamento da
espécie na Reserva Natural Serra das Almas;
§ Ações de Educação Ambiental
com a espécie;
§ Buscar o reconhecimento da
Caatinga e cerrado como patrimônio Nacional;
§ Criação de Fundo de
Conservação da Espécie;
§ Busca de parcerias para
ações de conservação nos dois biomas;
§ Fortalecimento
Institucional da organização executora.
Área de Intervenção
Nos biomas Caatinga e Cerrado dos estados do Ceará e Piauí. Para os outros
estados de ocorrência da espécie serão estabelecidas parcerias ao longo do
projeto.
CAATINGA E CERRADO COMO PATRIMÔNIO NACIONAL
Vamos nos mobilizar para a provação da PEC 504/2010 que inclui o Cerrado e a Caatinga como Patrimônio Nacional.
A Comissão Pastoral da Terra
convida a sua entidade para entrar na luta em defesa do Cerrado pela aprovação
da PEC 504/2010.
Esta PEC foi apresentada com o
número 115/95 pelo Deputado Federal Pedro Wilson, PT/GO. Várias iniciativas
foram feitas: coleta de assinaturas, atividades na Câmara dos Deputados. Depois de alguma emendas ela foi apresentada com o numero 504/2010 e aprovada
pela Comissão de Constituição Justiça e Cidadania. No dia 04 de junho de
2014, a proposta entrou na pauta de
votação nas duas sessões (ordinaria e extraordinária) sendo retirada primeiro
por falta de tempo e em segundo por acordo dos lideres. Não sabemos o que
motivou este acordo.
Em reunião com a assessoria dos
Deputados Amauri Teixeira, Domingos Dutra e Pe João percebemos que além de uma pressão por parte
da sociedade, falta uma articulação dos deputados interessados na aprovação da
mesma.
Desta forma, estamos organizando
para o dia 01 de julho, às 09 horas, na Câmara dos Deputados, no plenário
7, uma reunião para discutirmos a estratégia de pressão para que a PEC seja
aprovada.
Após a reunião com os deputados
convidamos para uma reunião somente com as entidades que defendem o Bioma
Cerrado, queremos discutir conjuntamente a proposta da Campanha em Defesa deste
importante Bioma e de suas comunidades.
Nesse sentido, precisamos muito
contar com o apoio e a presença da importante tarefa de articulação pró Cerrado
e Caatinga, bem como articular outras entidades parceiras e deputados que
apoiam esta iniciativa.
Atenciosamente!
Isolete Wichinieski
quarta-feira, 18 de junho de 2014
INTERCAMBIO INTERMUNICIPAL
INTERCAMBIO INTERMUNICIPAL
Agricultores do município de Tapiramutá participam
do intercâmbio na propriedade de seu Eduardo Emídio com o objetivo de buscar
novos conhecimentos sua propriedade esta localizada na comunidade de Barreiros município de Riachão do Jacuipí
O intercambio intermunicipal é uma das ações
existentes dentro do Programa Uma Terra Duas Águas, desenvolvido pela
Articulação no Semiárido Brasileiro - ASA, financiado pelo BNDES e executado
pela Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa este presume a troca de experiências e
saberes entre agricultores (a).
Todos estavam bastante curiosos e ansiosos queriam
que chegasse logo, fomos recebidos com um grande sorriso de Eduardo Emídio,
agricultor que desenvolve o Projeto
Produzir e Preservar.
O projeto surgiu há 14 anos com o objetivo de criar
alternativas de conviver no Semiárido e transformar a visão distorcida que a
mídia tem sobre este região, seu Eduardo no inicio foi chamado de louco.
A propriedade de Seu Eduardo possui 55 tarefas conta
com varias alternativas para conviver com o Semiárido, “é uma propriedade praticamente
autossuficiente”, fala ele.
Seu Eduardo desenvolve técnicas que utilizam pouca
água, além de desenvolver diversas experiências tanto na área de plantios como
na criação de pequenos animais como galinhas, peixes e caprinos.
Experimentador, seu Eduardo começou a visita apresentando para os também
agricultores (a) o plantio do umbuzeiro árvore que possui grande importância para
o nordestino, pois possui um grande potencial de armazenamento de água nas raízes
além de oferecer frutos que podem ser transformados em doce, geleia, sucos e
outros.
Em sua área existem tecnologias como
barreiro-trincheira, umas das alternativas de driblar a longa estiagem e cria
alguns peixes. Com a água do Barreiro, de uma cisterna-calçadão e de uma
barragem subterrânea, possibilita a Eduardo a criação de animais como também
para regar diversas árvores frutíferas presentes na sua propriedade.
Eduardo apresentou um circulo cheio de plantas,
galinhas, peixes, muitos não conheciam, mas já mostravam interesse em conhecer.
Este círculo no centro da propriedade de Seu Eduardo se tratava de uma mandala,
técnica que respeita a agricultura ecológica, onde quanto maior a diversidade
de plantas, ou animais como o caso da do seu Eduardo, maior o equilíbrio
ambiental e menor o índice de pragas e a necessidade de intervenção.
Outra experiência bastante interessante é o sistema
de criação de caprinos de leite Eduardo em
seu rebanho a 2º recordista baiana de leite de cabra e o mais
interessante os animais são alimentados com a culturas da caatinga, ele ainda ajuda na preservação da caatinga
fazendo o recaatingamento.
Por fim todos saíram abastecidos de conhecimentos e
com uma certeza que é possível viver bem no Semiárido basta buscar técnicas de convivência
que possibilita aproveitar a propriedade de maneira ecologia e sustentável.
O projeto surgiu há 14 anos com o objetivo de criar
alternativas de conviver no Semiárido e transformar a visão distorcida que a
mídia tem sobre este região, seu Eduardo no inicio foi chamado de louco.
A propriedade de Seu Eduardo possui 55 tarefas conta
com varias alternativas para conviver com o Semiárido, “é uma propriedade praticamente
autossuficiente”, fala ele.
Seu Eduardo desenvolve técnicas que utilizam pouca
água, além de desenvolver diversas experiências tanto na área de plantios como
na criação de pequenos animais como galinhas, peixes e caprinos.
Experimentador, seu Eduardo começou a visita apresentando para os também
agricultores (a) o plantio do umbuzeiro árvore que possui grande importância para
o nordestino, pois possui um grande potencial de armazenamento de água nas raízes
além de oferecer frutos que podem ser transformados em doce, geleia, sucos e
outros.
Em sua área existem tecnologias como
barreiro-trincheira, umas das alternativas de driblar a longa estiagem e cria
alguns peixes. Com a água do Barreiro, de uma cisterna-calçadão e de uma
barragem subterrânea, possibilita a Eduardo a criação de animais como também
para regar diversas árvores frutíferas presentes na sua propriedade.
Eduardo apresentou um circulo cheio de plantas,
galinhas, peixes, muitos não conheciam, mas já mostravam interesse em conhecer.
Este círculo no centro da propriedade de Seu Eduardo se tratava de uma mandala,
técnica que respeita a agricultura ecológica, onde quanto maior a diversidade
de plantas, ou animais como o caso da do seu Eduardo, maior o equilíbrio
ambiental e menor o índice de pragas e a necessidade de intervenção.
Outra experiência bastante interessante é o sistema
de criação de caprinos de leite Eduardo em
seu rebanho a 2º recordista baiana de leite de cabra e o mais
interessante os animais são alimentados com a culturas da caatinga, ele ainda ajuda na preservação da caatinga
fazendo o recaatingamento.
Por fim todos saíram abastecidos de conhecimentos e
com uma certeza que é possível viver bem no Semiárido basta buscar técnicas de convivência
que possibilita aproveitar a propriedade de maneira ecologia e sustentável.
sexta-feira, 13 de junho de 2014
"Transposição do São Francisco não democratiza a água no semiárido"
"Transposição do São Francisco não democratiza a água no Semiárido"
Obra mais cara do
Programa de Aceleração do Crescimento, o projeto de integração do rio São
Francisco acumula anos de atraso. As obras foram iniciadas em 2007, com o
objetivo de levar água para 390 municípios do semiárido nordestino, mas as
previsões de entrega do eixo norte (em 2010) e do eixo leste (2012) não se
concretizaram. Hoje, a transposição segue sendo uma zona desconfortável para o governo
federal, que sofre críticas não apenas pelo atraso, mas pela realização da
obra.
O governo reconhece
os problemas. Neste mês, em visita ao município de Jati, no Ceará, a presidenta
Dilma Rousseff afirmou que o governo
subestimou a complexidade do projeto, mas afirmou que "em nenhum lugar do
mundo em dois anos é feita uma obra dessa dimensão". Dilma prometeu a finalização do projeto até
2015.
Especialistas, no
entanto, questionam o tamanho do investimento, que era da ordem de 4,8 bilhões
de reais, mas hoje já está na casa dos 8,2 bilhões de reais, segundo
o Ministério da Integração Nacional. "É uma obra quase megalomaníaca,
grandiosa demais, que passa por cima de comunidades indígenas, comunidades
tradicionais, de agricultura familiar e que favorece em grande parte os grandes
produtores", diz Naidison Baptista, coordenador da Articulação
Semiárido Brasileiro (ASA), rede que reúne organizações da sociedade civil
voltadas para o semiárido. "Ela não é uma obra de democratização da água,
é mais uma obra de concentração da água", critica.
O objetivo da obra
também é alvo de polêmica. Para Baptista, a ideia de beneficiar comunidades e
famílias do semiárido poderia ser alcançada com obras menores. "As cidades
que têm colapso em época de estiagem poderiam ser abastecidas com adutoras
(encanamentos que ligariam o Rio São Francisco às comunidades), uma obra de
muito menos complexidade e menos custo", afirma ele. Baptista afirma que parte do benefício
da transposição irá para o a agronegócio. "Ela é voltada para os grandes
produtores de fruticultura para exportação. Principalmente no eixo norte, são
poucas as cidades abastecidas."
Segundo ele, o que
deveria ocorrer no semiárido é a chamada "convivência com a seca". Um
dos carros chefes dessa campanha é o Programa Um Milhão de Cisternas,
coordenado pela ASA, chefiada por Baptista, e iniciado no governo Lula em 2003.
O objetivo é dar uma cisterna para cada família do semiárido. As cisternas são capazes de armazenar
16 mil litros de água de água captados durante os períodos de chuva, que
poderão ser utilizados durante a estiagem. A meta do governo é entregar 750 mil
cisternas até o final do ano, quando se encerra o mandato de Dilma Rousseff.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social, atualmente já foram
entregues 600 mil cisternas e o projeto constrói, em média, 1 mil cisternas por
dia.
Em nota, o Ministério
da Integração Nacional rebateu às críticas. O governo afirma que o termo
"transposição" é errado e defende que a obra é um projeto de
integração. "Em uma transposição, o curso do rio é desviado, enquanto que
na integração são realizadas obras para integrar as bacias do Rio e levar água
aos 390 municípios do projeto, por meio de túneis, adutoras, estações de
bombeamento e barragens", diz a nota.
Quanto ao prazo, o
ministério afirmou que a obra é a maior de infraestrutura hídrica do país e uma
das 50 maiores do mundo. "O prazo de
conclusão da obra é perfeitamente compatível com a dimensão e complexidade do
empreendimento", diz a pasta. "China, Estados Unidos, Espanha, África
do Sul e outros países levaram, em média, 15 anos para concluir iniciativas
semelhantes. A experiência brasileira foi iniciada em 2008 e será finalizada em
2015, num prazo de sete anos."
Quanto à maior
polêmica, referente aos principais beneficiados pela obra, o governo afirma que
não tem como dimensionar o tamanho do impacto no agronegócio, pois a atenção
das obras estariam voltadas para a população. "A outorga do Projeto de
Integração do Rio São Francisco é destinada prioritariamente para o consumo humano
e dessedentação [matar a sede] animal. Portanto, não há como esta Pasta
estimar custos e benefícios da produção agrícola", diz a nota.
O ministério afirma
ainda que serão 12 milhões de
pessoas impactadas nos estados de
Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, e informa que as propostas apresentadas por entidades
civis, como a ASA, foram analisadas e descartadas. "Conforme Relatório
de Impacto Ambiental (RIMA), o Projeto de Integração do Rio São
Francisco foi a mais consistente alternativa estrutural para o fornecimento
garantido e adequado de água à região". O governo afirma ter estudado
hipóteses como o uso de águas
subterrâneas, dessalinização de águas, a integração com outras bacias
hidrográficas e a implantação de novos açudes, porém as obras de infraestrutura
no São Francisco foram mais bem sucedidas quando se considerou a produtividade
e adaptação às condições locais.
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