Mineração provoca sérios impactos no centro-norte da Bahia
Há mais de 40 anos existem ações de
mineradoras nestas regiões da Bahia, mas só a partir de 2008 a CPT
passou a intensificar estudos e mobilizações de comunidades para
enfrentarem e resistirem. Durante o Seminário, as três Dioceses
apresentaram diagnósticos realizados recentemente, os quais evidenciam o
avanço da mineração no Centro-Norte da Bahia protagonizada por empresas
como Ferbasa, Vale do Rio Doce, Caraíba Metais, QGN, Galvani,
Votorantim, além da Companhia Baiana de Pesquisa Minerária (CBPM),
dentre outras.
Em todas as comunidades atingidas os
relatos são os mesmos: as empresas chegam e se instalam com promessas de
empregos e progresso local e em pouco tempo provocam sérios impactos
ambientais, sociais e culturais. “A gente tinha vários mananciais,
riachos, aguadas, minações que foram secando. Os rejeitos são jogados
nas grotas aonde correm os riachos, as nascentes são cobertas. Por isso
perdemos todas nossas fontes e hoje estamos usando carros pipas”,
denuncia Reinaldo Lima, morador de Itapura, município de Miguel Calmon.
Ele menciona ainda que “era uma comunidade grande, auto-suficiente, mas
que ficou atrelada à empresa. As pessoas só sabem trabalhar com
mineração. Já houve épocas de contratar 80 pessoas da comunidade, hoje
tem 15 porque exigem mão de obra especializada, vinda de fora”, pontua.
Leia mais no link:
http://www.irpaa.org/noticias/485/mineracao-provoca-serios-impactos-no-centro-norte-da-bahia
Fonte: Comunicação IRPAA
Fotos: CPT Ruy Barbosa
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