O
Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), executado por organizações da sociedade
civil que integram a Articulação no Semi-Árido (ASA) está retomando suas ações
em diversas regiões do Semiárido brasileiro. Nos municípios baianos de Utinga,
Wagner, Miguel Calmon e Várzea do Poço, a Unidade Gestora do programa é a
Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa que desde 2001 vem atuando com o Programa Um
Milhão de Cisternas (P1MC) e pela primeira vez irá trabalhar com o P1+2.
Ao
todo, 250 tecnologias de captação e armazenamento de água de chuva deverão ser
implantadas pela Cáritas de Ruy Barbosa, como cisterna-calçadão, barragem
subterrânea, tanque de pedra e BAP (Bomba d’Água Popular), tipos de construção
já bastante experimentadas pelo P1+2 em anos anteriores. A partir de 2012, outras tecnologias, como a barraginha, a
cisterna de enxurrada e o barreiro trincheira também serão disseminadas através
do programa.
Para
a Cáritas de Ruy Barbosa, o desafio é executar o programa em cinco meses, numa
época de escassez de água, conforme explica Otília Balio, coordenadora do P1+2:
“A meta é grande para um período curto, temos que realizar as tecnologias num
período de seca, no qual as pessoas têm
dificuldade para acesso à água do consumo diário e ainda não sabemos como
consegui-la para as construções”.
Outro
desafio é no campo político, uma vez que a sociedade civil tem enfrentado
dificuldades para acessar e gerir recursos públicos. Exemplo disso ocorreu no
final de 2011, quando surgiram incertezas quanto à manutenção da parceria do
Ministério do Desenvolvimento Social com a ASA. “É nosso compromisso enquanto
sociedade civil mostrar que a parceria entre estado e sociedade civil é o
melhor caminho, principalmente porque nossos programas não são apenas de
construção de tecnologias, mas de construção de cidadania”, conclui Otilia.
Vinicius
Gonçalves (DRT/BA - 3820)
Comunicador Popular
Comunicador Popular
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