A comunidade de Malhada do
Riacho, município de Várzea do Poço, no semiárido da Bahia, acolheu de 22 de
outubro a 01 de novembro, treze participantes do curso de pedreiros, através do
Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação no Semi-Árido Brasileiro
(ASA), que vem sendo executado pela Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa, nos
municípios de Utinga, Wagner, Várzea do Poço e Miguel Calmon.
Curso de pedreiros no município de Váreza do Poço-BA
A capacitação reuniu
pedreiros dos municípios de Utinga, Macajuba e Ruy Barbosa, que já possuem
experiência com a construção de cisternas de consumo humano e que após essa
formação se tornaram aptos a construir cisterna de enxurrada e
cisterna-calçadão, tecnologias de captação a armazenamento de água de chuva
para produção de alimentos, com capacidade de 52 mil litros.
O curso foi orientado pelo
pedreiro Roberval Meira, 32 anos, com cerca de oito anos de experiência na
construção de cisternas. Durante a capacitação, o instrutor passou orientações
desde a confecção de placas e construção de cisternas, como todos os passos da
construção do calçadão e o acabamento dos serviços, como reboco e pintura. Para
Roberval Meira, um pedreiro precisa participar de um momento de treinamento
para construir, pois a sua profissão exige conhecimento prático. “na teoria, às
vezes é simples, mas a prática não é bem assim. A profissão de pedreiro só se
aprende fazendo”, declara.
Após a formação, os
pedreiros serão enviados para as comunidades de atuação do P1+2, onde já
colocarão em prática os conhecimentos adquiridos, como fala com entusiasmo o
pedreiro Helion dos Santos, 36 anos: “Terminando aqui vou buscar o resto de
minhas ferramentas e começarei a construir cisterna-calçadão”. Helion, já
constrói cisternas de 16 mil litros há quase duas décadas, mas participou da
capacitação para aprender a técnica de construção do calçadão.
A Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa, unidade
gestora do P1+2 está construindo na região de Ruy Barbosa, 250 tecnologias de
captação e armazenamento de água para produção de alimentos, das quais 113 são
cisternas-calçadão e 50 são cisternas de enxurrada.
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