terça-feira, 8 de março de 2016
















 
02 de março de 2016 - ano 9 - nº 320



Durante os cursos e reuniões, assessores técnicos e agentes de saúde trocam informações com as famílias sobre cuidados com cisternas, calhas e toda área da propriedade
O volume de chuvas que caiu no Semiárido no início do ano foi suficiente para encher muitas cisternas, tecnologia social implementada pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), em parceria com o governo federal, para garantir segurança hídrica e alimentar às famílias da região. O armazenamento aumentou a oferta de água para o consumo familiar e comunitário, sinal de fartura para a região. Mas a grande quantidade de chuvas também trouxe um cuidado especial: os cuidados com a água armazenada na cisterna e na propriedade das famílias para evitar que o mosquito Aedes Aegypti que transmite a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya prolifere no Semiárido.

 



No território sertão do Araripe pernambucano, a agricultura familiar ainda é a atividade econômica predominante. Embora seja uma das mais importantes fontes de renda da população, ela não se limita a uma forma única de produção. Se de um lado as famílias primam por uma produção limpa que gere saúde e renda, por outro agricultores e agricultoras se especializam em algum tipo de cultivo ou na criação de animais para gerar renda. Independente do modo de fazer, no território os camponeses e camponesas sofrem impactos diretos seja dos conflitos de terra, agronegócio, uso de agrotóxicos, gesso ou transnordestina - fatores que abalam significativamente a produção e a vida no campo.


 


A Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia chegou à sua sétima edição em 2016 e reunirá cinco mil mulheres em Areial, município do agreste paraibano, localizado a 35 km de Campina Grande, na manhã do dia 08 de março. A Marcha é realizada desde 2010, pelo Polo da Borborema e pela AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, em um dos 14 municípios onde ambos atuam no fortalecimento da agricultura familiar agroecológica há mais de 20 anos. O Polo da Borborema é uma articulação de 14 sindicatos rurais da região da Borborema na Paraíba, que conta, desde o seu início, com a assessoria da AS-PTA. A Marcha é uma expressão do trabalho que a Comissão de Saúde e Alimentação do Polo da Borborema vem desenvolvendo ao longo dos anos de resgate e valorização das experiências das mulheres agricultoras, bem como de denúncia da violência sofrida por elas, decorrente do machismo, tão arraigado no meio rural.


 


De uma área em processo de degradação, onde a Caatinga havia sido devastada por fazendeiros do município de Ouricuri, região do Sertão do Araripe, em Pernambuco, ergue-se a Agrovila Nova Esperança. Antes da mudança para a Agrovila, as vinte famílias foram expulsas de sua terra por conta da construção de uma barragem. Da força e resistência formaram uma comissão para lutar por uma indenização das casas, terras e até de cada planta do lugar.  Em 1986, foram morar de vez na Agrovila.

 




RÁDIO ASA
Em formato de radionovela, um 'cumpadre' e uma 'cumadre' conversam sobre o uso racional da água na construção das tecnologias sociais para a convivência com o Semiárido. A prosa revela dicas valiosas que são compartilhadas nas formações da ASA para favorecer a qualidade nas construção de cisternas de placas e um aproveitamento sem desperdício da água no Semiárido brasileiro.




O CANDEEIRO
Na escola da comunidade Agrovila Nova Esperança, o jeito de ensinar e aprender envolve o contexto da realidade semiárida. Na instituição, as crianças aprendem cedo a cuidar do meio ambiente e das plantas nativas da Caatinga. A alegria e motivação delas despertam o interesse de toda a comunidade. Hoje, a escola conta com um quintal produtivo, viveiro de mudas e está iniciando uma agrofloresta.




PARTILHA DA SEMANA
De olho na cisterna 

SEMIÁRIDO NA MÍDIA

Os conhecimentos para enfrentar a seca têm sido disseminados no Araripe: 'nós mudamos a ideia do combate a seca para a de convivência com o semiárido.'




ASA NAS REDES
























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