As
diversas práticas de Economia Popular Solidária (EPS) têm mostrado que
ela se tornou uma estratégia fundamental para a transição e superação do
atual modelo de desenvolvimento gerador de pobreza e fortes
desigualdades sociais.
Para Luiz
Cláudio Mandela, assessor nacional da Cáritas Brasileira e coordenador
geral do projeto Centro de Formação em Economia Solidária (CFES
Nacional), nesta perspectiva, a formação é parte indissociável da
Economia Solidária. “Estruturar, fortalecer e ampliar uma rede nacional
de educadores em Economia Solidária é uma ação estruturante para superar
desafios históricos da articulação no movimento de Economia Solidária”,
destacou.
Por
isso, segundo Mandela, a diretriz geral para a metodologia da Rede
Nacional CFES será a permanente interlocução com os fóruns de Economia
Solidária, conselhos, órgãos públicos federais, as entidades parceiras e
a própria rede Cáritas. “Por meio desses relacionamentos será possível
garantir o atendimento às expectativas de todas as partes interessadas.”
A
espinha dorsal da Rede Nacional do CFES serão os núcleos temáticos de
Formação; Finanças Solidárias; Comercialização e Comércio Justo e
Solidário; Redes de Cooperação Solidárias. Mandela explicou que os
núcleos terão o papel de fomentar o acúmulo teórico, metodológico e
político em cada eixo temático estratégico da Rede Nacional do CFES.
O
CFES são espaços de implementação da política nacional de formação em
Economia Solidária. Atualmente, o projeto conta com sete centros de
formação: um nacional e seis regionais, sendo estes nas regiões
Nordeste, Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Amazonas I e Amazonas II. Dentre
os objetivos está a formação de educadores, educadoras e gestores
públicos que atuam com Economia Solidária. Articulado nacionalmente pela
Cáritas Brasileira, o Centro de Formação em Economia Solidária é um
projeto da Secretaria Nacional de Economia Solidária/Ministério do
Trabalho e Emprego (SENAES/MTE), que teve início em 2009. Em 2013, a
parceria entre a entidade e o governo que firmaram convênio até 2015, dá
continuidade aos processos de formação.
A
fala de Luiz Cláudio Mandela ocorreu durante o Seminário Nacional de
Lançamento da Rede CFES que ocorre em Brasília (DF), desde a última
quarta-feira, dia 15, e vai até sexta-feira, dia 17. A atividade
acontece na seda da Cáritas Brasileira e conta com a participação de 75
pessoas representantes de todas as regiões do país.
Na
oportunidade Rosana Kirsh, que fez parte da equipe de articulação
nacional durante a primeira etapa do CFES, fez um relato aos
participantes sobre os resultados, limites e desafios do projeto. “Os
debates sobre educação vieram desde o primeiro momento. O que poderia
ser a prática de autogestão dentro da educação, pensando juntos e
exercitando a concepção de educação. O exercício nos mostrou que na
prática isso já era feito criando um percurso formativo que foi
registrado em cartilhas e textos durante a realização das ações. Dentro
da caminhada dissemos que a principal estratégia de educação para nós é
fortalecer a educação popular que ajuda na construção do movimento
social de Economia Solidária firmando as ações como políticas públicas.”
Após
o debate, os participantes se dividiram em oficinas temáticas para a
socialização de experiências concretas em formação, finanças solidárias,
comercialização e comércio justo e solidário, e redes de cooperação
solidárias.
por Thays Puzzi, assessora de Comunicação da Cáritas Brasileira / Secretariado Nacional
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