sexta-feira, 17 de maio de 2013

Entenda a proposta do Centro de Formação em Economia Solidária

Entenda a proposta do Centro de Formação em Economia Solidária
As diversas práticas de Economia Popular Solidária (EPS) têm mostrado que ela se tornou uma estratégia fundamental para a transição e superação do atual modelo de desenvolvimento gerador de pobreza e fortes desigualdades sociais.
Para Luiz Cláudio Mandela, assessor nacional da Cáritas Brasileira e coordenador geral do projeto Centro de Formação em Economia Solidária (CFES Nacional), nesta perspectiva, a formação é parte indissociável da Economia Solidária. “Estruturar, fortalecer e ampliar uma rede nacional de educadores em Economia Solidária é uma ação estruturante para superar desafios históricos da articulação no movimento de Economia Solidária”, destacou.
cfes-caritas (1)Por isso, segundo Mandela, a diretriz geral para a metodologia da Rede Nacional CFES será a permanente interlocução com os fóruns de Economia Solidária, conselhos, órgãos públicos federais, as entidades parceiras e a própria rede Cáritas. “Por meio desses relacionamentos será possível garantir o atendimento às expectativas de todas as partes interessadas.”
A espinha dorsal da Rede Nacional do CFES serão os núcleos temáticos de Formação; Finanças Solidárias; Comercialização e Comércio Justo e Solidário; Redes de Cooperação Solidárias. Mandela explicou que os núcleos terão o papel de fomentar o acúmulo teórico, metodológico e político em cada eixo temático estratégico da Rede Nacional do CFES.
O CFES são espaços de implementação da política nacional de formação em Economia Solidária. Atualmente, o projeto conta com sete centros de formação: um nacional e seis regionais, sendo estes nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Amazonas I e Amazonas II. Dentre os objetivos está a formação de educadores, educadoras e gestores públicos que atuam com Economia Solidária. Articulado nacionalmente pela Cáritas Brasileira, o Centro de Formação em Economia Solidária é um projeto da Secretaria Nacional de Economia Solidária/Ministério do Trabalho e Emprego (SENAES/MTE), que teve início em 2009. Em 2013, a parceria entre a entidade e o governo que firmaram convênio até 2015, dá continuidade aos processos de formação.
A fala de Luiz Cláudio Mandela ocorreu durante o Seminário Nacional de Lançamento da Rede CFES que ocorre em Brasília (DF), desde a última quarta-feira, dia 15, e vai até sexta-feira, dia 17. A atividade acontece na seda da Cáritas Brasileira e conta com a participação de 75 pessoas representantes de todas as regiões do país.
Na oportunidade Rosana Kirsh, que fez parte da equipe de articulação nacional durante a primeira etapa do CFES, fez um relato aos participantes sobre os resultados, limites e desafios do projeto. “Os debates sobre educação vieram desde o primeiro momento. O que poderia ser a prática de autogestão dentro da educação, pensando juntos e exercitando a concepção de educação. O exercício nos mostrou que na prática isso já era feito criando um percurso formativo que foi registrado em cartilhas e textos durante a realização das ações. Dentro da caminhada dissemos que a principal estratégia de educação para nós é fortalecer a educação popular que ajuda na construção do movimento social de Economia Solidária firmando as ações como políticas públicas.”
Após o debate, os participantes se dividiram em oficinas temáticas para a socialização de experiências concretas em formação, finanças solidárias, comercialização e comércio justo e solidário, e redes de cooperação solidárias.
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por Thays Puzzi, assessora de Comunicação da Cáritas Brasileira / Secretariado Nacional

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